Antonio Laguna, embaixador de The Art Boulevard para as artes visuais

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Antonio Laguna, embaixador de The Art Boulevard para as artes visuais

Antonio Lucas Juan Laguna Cabezuelo (mais conhecido por Laguna) é um artista de la Mancha (Almagro, 1979), já com 10 anos de carreira artística, e considerado um dos melhores muralistas do mundo. As suas obras podem ser encontradas nas ruas de Espanha, Japão, Chile, Tailândia, Laos, Rússia, Argentina, Brasil, Quénia, Zimbabué, Senegla, Marrocos, França, Suíça, Hungria, Bélgia, Polónia, Alemanha, Roménia, Ucrânia, Moldávia, entre outras.

Laguna possui também um grande número de obras realizadas em estúdio, com as quais já realizou mais de 40 exposições coletivas e 10 individuais, por todo o mundo.

Até 11 de novembro tem em exposição em La Neomudejar, um centro de arte de vanguarda situado na antiga estação de Atocha em Madrid, um exposição de retrospetiva chamada 23/33.

Laguna aceitou ser embaixador de The Art Boulevard para as artes visuais. Estivemos à conversa com ele, e esperemos que gostem tanto como nós gostámos!

Começaste a pintar ainda muito pequeno. Podes contar-nos um pouco a tua história de amor com a pintura?

Na minha casa havia uma divisão onde o meu pai pintava habitualmente, e depois mais ocasionalmente, e aquele cheiro a óleo fresco foi sempre dos meus preferidos. Durante o lanche desenhava todos os personagens que na altura via nos desenhos animados, e depois levei esse processo para a escola, ao início ocasionalmente, e depois habitualmente.

Também trabalhas em audiovisual. De que forma o audiovisual e a pintura se interpenetram nos teus trabalhos?

Para mim ambas as áreas são muito semelhantes, no meu caso entendo a criação de uma sequência como uma colagem, um photoshop artesanal, algo muito parecido com o que faço com a minha obra em estúdio.

Podes descrever-nos o teu processo criativo?

Vejo algo que chama a minha atenção, algum tempo depois penso nisso, e se chego a sonhar com isso acabo por criar uma interpretação subconsciente da tal coisa, com os materiais com que no momento em que decido trabalhar estão mais à mão.

Já expuseste em imensos países. Como chegaste a este nível? Como é que conseguiste exposições internacionais (tens uma agente, apresentas tu próprio a tua obra,...)?

O mundo da “street art” tem uma organização própria a nível de exposições, editores especializados, etc. Muitas das pessoas que estão à frente destes projetos pertencem a este meio fechado que é o mundo da arte. Nunca enviei exemplos do meu trabalho a ninguém por email ou por correio, as pessoas a quem suscitei interesse acabaram por me contactar, e eu quase nunca rejeito uma nova oportunidade de mostrar o meu trabalho de mural ou de estúdio. No entanto, por ser muito específico, acabo por perder em algumas coisas, as galerias que não estão especializadas em “street art” raramente quererão exibir este tipo de arte devido à “etiqueta” que sem querer transporto comigo.

De que é que te sentes mais orgulhoso nestes 10 anos de carreira?

De continuar a centrar uma parte importante da minha energia numa coisa que me traz algo a nível emocional, e de ter conhecido tanta gente importante na minha vida graças à pintura.

Podes falar-nos um pouco sobre o projeto “Twistcomics”?

É uma webcomic na qual trabalho há algum tempo como desenhador em algumas histórias curtas, e que antes do fim do ano começarão a sair à luz do dia pela mão do seu criador e guionista, Fernando Verniere.

Qual é o teu próximo projeto artístico?

Uma pequena exposição em Tóquio a 7 de novembro, e no mês seguinte um projeto de decoração muralista num bairro de Amesterdão.

De que é que precisas para levar a cabo o teu próximo projeto artístico?

Tempo e vontade de fazê-lo, custe o que custar, como sempre.

Que conselhos darias a artistas plásticos que estão agora a começar o seu percurso?

Que não caiam em comparações e desfrutem da satisfação do trabalho bem feito, para mim essa é a finalidade.

Queres deixar uma mensagem aos leitores de The Art Boulevard?

Mais amor pela criação e menos competição.

Muito obrigado por teres aceite ser o primeiro embaixador de The Art Boulevard para as artes visuais.