A Mercearia de Arte apresenta os artistas Gonçalo MAR e Panda do Transe, numa colaboração com o Município de Coimbra para a programação da Feira Cultural de Coimbra e das 24 Horas Culturais, entre os dias 30 e 31 de maio. As 24 Horas Culturais é um evento multidisciplinar inspirado noutros modelos interessado em diversas atividades na área das artes.

Entre a próxima sexta-feira e sábado, Gonçalo MAR apresenta o seu trabalho numa intervenção/pintura de mural na esplanada do Museu de Água de Coimbra, situado no Parque da Cidade, e Panda do Transe dá a conhecer Estúpidos: Porque todas as pessoas o são, um circuito artístico entre o Parque Manuel Braga e a Baixa de Coimbra.

De acordo com o comunicado oficial, Gonçalo MAR desenvolve "um cardume de peixes-mãos - imagem tão simbólica do seu universo artístico - que, de repente, fazem parte do espaço que os abraça, sem nunca perder o seu sentido". Há uma alusão à relação, ou associação, da cidade de Coimbra com o rio Mondego, "numa constante do espaço da cidade pelas suas águas destemidas". O trabalho deste artista é também representativo do Museu da Água de Coimbra. Tendo em conta a curta distância do museu com as águas do rio, o trabalho de Gonçalo MAR pretende ser uma "parede-aquário" dos peixes-mãos.

A obra de Gonçalo MAR mistura elementos do universo da banda desenhada e da animação com alguns elementos da cultura japonesa ou de street art. Na parede de um edifício, pode "haver uma personagem gigante convidando o observador a sair da rotina e sonhar". O trabalho deste artista move-se também para a tela e para as instalações oníricas que cria e incorporam madeira, cartão e outros materiais reciclados.

O circuito artístico de Panda do Transe chega, pela primeira vez, à chamada "cidade dos estudantes". Pergunta-se quem são estes estúpidos do circuito Estúpidos: Porque todas as pessoas o são. Será que formam a sua sabedoria a partir da estupidez que liberta ou arrogam-se desde o primeiro ano em ilusões de inteligência? Para o artista, o estúpido é apenas isso, uma pessoa que quer aprender, quer fazer mais perguntas aos estudantes.

Panda do Transe usa ícones e suportes da comunicação de massas em benefício da obra. Não procura o inédito e interpreta, de acordo com o comunicado, a arte como um informático pois "se alguém já inventou a fórmula e funciona é uma estupidez não copiá-la". Posiciona-se como um artista suburbano. 

Podem consultar o evento oficial na página do Facebook: http://goo.gl/WawgAT