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Entrevista a... Sérgio Santos, tatuador no Blood Oath Tattoos
Será a tatuagem uma forma de arte? Em The Art Boulevard acreditamos que sim, e gostamos de valorizar e difundir todas as formas artísticas. Por isso mesmo, fomos conversar com Sérgio Santos, da Blood Oath Tattoos, para saber mais sobre os desafios e ambições de um tatuador!
Quando é que nasceu o interesse pela tatuagem, e mais concretamente por tatuar?
Desde já obrigado pelo convite. Nasceu assim que fui tatuado pela primeira vez, algures no ano de 2000 ou 1999.
Podes falar-nos um pouco da tua carreira profissional?
Iniciei-me como alguém que faz tatuagens no final de 2006, se não estou em erro. Sozinho com o apoio de livros de tatuagens, DVDs e pela experiência visual de quem é tatuado. No verão de 2008 fui aprender durante uns meses com um tatuador do Algarve e só um ano depois é que comecei a tatuar profissionalmente num estúdio em Carcavelos. Passado cerca de um ano, abri o meu próprio estúdio, na zona de Sintra.
O que é que é preciso para se ser um tatuador? Como se pode aprender?
Para ser tatuador é necessário ter uma grande vontade de trabalhar longas horas e ter alguma capacidade artística (desenho) - quanto melhor a pessoa desenha maiores são as hipóteses de se vir a tornar bom tatuador. A melhor maneira é ter alguém que nos aceite como aprendiz e nos ajude a compreender tudo em relação à tatuagem desde a técnica à parte do negócio, ética, etc.
Que conselhos darias a uma jovem que ambicione tornar-se tatuador?
Diria para ter muita paciência, empenho e uma dose de humildade. Determinar bem para si mesmo os limites daquilo que consegue ou não fazer e muita persistência.
Quais são as maiores dificuldades que um tatuador enfrenta hoje em dia, especialmente em Portugal?
Em termos de estúdio é complicado porque não existe uma legislação específica por onde nos possamos reger. Enquanto tatuador, há ainda o estigma e a projeção de que somos uma classe que anda na brincadeira, não nos veem como profissionais que fazem algo que nem toda a gente tem capacidade de fazer bem.
Achas que a tatuagem ainda é encarada com preconceito, ou julgas que hoje em dia o trabalho de um tatuador já é visto por todos como forma de arte?
Ainda o é! Como disse, as pessoas na sua maioria pensam que somos uma classe que anda na brincadeira, não nos vêm como profissionais que fazem algo que nem toda a gente tem capacidade de fazer bem. Mas felizmente já se começa a ver pessoas a entender o quanto é difícil e artístico aquilo que nós fazemos.
Quais são os teus próximos projetos? De que necessitas para os concretizar?
De momento estou a fazer um guestspot de algumas semanas num estúdio na Dinamarca e este era um “projeto” que ambicionava concretizar. Este verão estive numa convenção na Roménia e também vou estar na convenção de Lisboa em novembro – também são projetos em que sempre quis participar.
A longo prazo, fazer mais convenções fora de Portugal e evoluir mais enquanto tatuador.
Website: http://www.bloodoathtattoos.com/
Página de Facebook: https://www.facebook.com/BloodOathTattoos
